sábado, 5 de julho de 2014

La rosa Queimada - Capitulo 5 - Sangue derramado - Visão de Kuroro

Já era de manhã quando eu acordei com um barulho que me lembrava explosão.Olhei assustada para trás,mas não enxerguei nada.
 -Acordou com a explosão? - Perguntou Will que eu não sei de onde veio,eu apenas afirmei com a cabeça.
-O que foi essa explosão? - Perguntei abismada
-Estamos em guerra! Por isso eles vão nos atacar. - Respondeu ele
-E com quem estão em guerra? - Perguntei. Curiosidade é um dos meus maiores defeitos e uma das minhas melhores qualidades.
-Com as ninfas e os dragões - Suspirou Will.
-Nin.. Isso não existe.  - Afirmei confiante.
-Você vem do lado de fora não é mesmo? Do outro lado do campo de proteção. - Disse Will, e eu afirmei,ele se curvou e perguntou empolgado. - E o que há do outro lado do campo?
-Como assim? Você nunca viu a cidade? - Perguntei e ele negou.
-Nunca conseguiram sair do campo.
-Então nunca vou voltar para minha cidade?! - Falei e ele negou.
-Mas então como é que vocês fazem fogo lá? Se não vejo nem um feiticeiro ou ninfa de fogo nesse local. Ou tem? - Questionou ele
-Fogo? Ah usamos um fogão! - Respondi e percebi que ele não tinha menor noção do que eu estava falando. - Uma coisa que funciona a base de gás.
-Nunca vi um. - Disse ele. - E aquilo ali? - Ele apontou para um carro que passava na rua.
-Aquilo é um carro. Serve como transporte.
-Hum..Tipo um cavalo de metal? - Perguntou Will tentando entender o que eu explicava. Parecia muito complicado pra ele.
-Exato! Vamos ver,o que é aquilo! - Apontei para animal estranho que passava uns cinco metros de nós.
-Ele é uma salamandra da terra. - Respondeu ele e percebeu que eu queria saber mais sobre esse animal. Ah,esqueci de relatar. Sou muito curiosa e adoro histórias. - bem a sua história é que um escravo estava só e não podia se comunicar com os outros escravos,pois ele era estrangeiro e não falava a mesma língua deles. Então ele usou seu poder da terra e criou uma estatua desse animal. - Will buscou oxigênio e logo prosseguiu -  Mais era noite de Crorul e .. - Provavelmente ele percebeu que Kuroro não fazia ideia do que ele falava. - Noite de Crorul é a metade do ano e acredita-se que nesse dia tudo que se desejar ira se realizar.  Bem onde estava?.. Ah! me lembrei. O escravo desejou que a salamandra ganhasse vida e o tirasse dali.
_ Então  o desejo se realizou? _ Interrompeu Kuroro,se arrependendo e fazendo sinal para Will continuar.
_ Sim. A salamandra tomou vida,mas não o tirou dali. Pois o segundo desejo era algo que ajudaria apenas o escravo. No dia seguinte o encontraram morto,na sela dos escravos.
-Ah..Que história estranha! Geralmente as histórias que me contam tem um final feliz. - Comentou Kuroro
-Nem tudo tem um final feliz. A vida por exemplo. - Disse Will se levantando e indo em direção a uma grande estrutura. Kuroro reconheceu-a na hora. Um castelo!