La rosa Queimada - Capitulo 4 - Garota do Sangue - Visão de Kuroro

      Cinco horas badalavam no sino de minha escola.Para as pessoas que não estudavam nela,aquilo era normal. Mas para os estudantes daquele local...O bater do sino era como a liberdade. "Da próxima vez que eu for pra aquele lugar,eu vou surtar. " Dizia Kuroro a si mesma.
     A menina de cabelos prateados e curtos e com os olhos violetas,se dirigiu para casa. A mesma usava um capuz vermelho,para esconder seus cabelos. Aquilo era estranho aos olhos de outros. Já bastava seus olhos violetas que chamavam muita atenção!Não queria que ninguém pensasse nela como uma aberração.As únicas pessoas que sabiam de seu segredo eram; Sua avó e seu melhor amigo.
     Os dois pensavam nela,não como uma aberração,não isso jamais. E sim como uma menina rara.   Rara?? Aquilo que acontecia com ela era desprezível !  Ela sonhava com um reino escondido dos humanos e que uma guerra estava por vir. Uma guerra mortal entre Dragões,Ninfas e Feiticeiros. Mas como isso seria possível? Esses seres não existem. 

     Kuroro pensava nisso enquanto andava sem rumo. Até que parou de repente e deu dois passos para trás. Só então percebeu sua situação. Estava em um beco escuro,e em sua frente havia um campo de proteção que resplandecia uma cor roxa,com uma mistura de verde. Parecia que aquela coisa me chamava desesperadamente,para que eu a ultrapassa-se. Então senti alguém me empurrar,não enxerguei quem era. Eu simplesmente cai do outro lado do campo de proteção,seria uma péssima experiencia,provavelmente eu iria me machucar seriamente se não fosse o garoto que me segurou quando eu cai,meio atordoada.
  - Você esta bem ? - Perguntou o garoto,eu afirmei com a cabeça. Me virei pra o campo de proteção,tentei atravessa-lo de volta,mas ele simplesmente travou. Não queria que eu o atravessa-se. Empurrei varias vezes,mas somente me feria.Aquilo era frustante.
  - Não devia fazer tanto esforço para nada. - Disse o garoto.
 Simplesmente o ignorei,como se nada tivesse falado. Sentei no chão gramado que cobria o chão,que ficava de frente ao campo de proteção. Cruzei os braços e ali fiquei. Aquilo tinha que destravar,precisava destravar.
 - Pensas em ficar ai por quanto tempo? - Questionou o garoto,ele já estava a irritando.
 - Irei ficar aqui,até o campo se abrir novamente. - Respondi.
 - Não vai abrir novamente. 400 anos se passaram e ninguém conseguiu sair! - Exclamou o garoto
 - Não me importa,irei ficar aqui esperando. - Disse Kuroro
 -Irás passar fome e sede. - Disse o garoto
 - Não me importa! Agora deixe-me em paz! - Gritou Kuroro
      O garoto se retirou resmungando algo.

.....


Já haviam passado um bom tempo,desde que Kuroro se viu perdida no outro lado do campo de proteção. Já havia escurecido,e o ar gélido fazia com que Kuroro tremia de frio.Estava com fome,sede e muito frio.Mas o que mais incomodava era que estava só. Aquilo era tedioso e lhe causava medo. Nunca gostou de ficar só! Aquilo fazia com que ela sentisse que estava distante do mundo.

 Kuroro estava pensando nisso quando alguém se aproximou calmamente atrás dela e jogou um cobertor em sua cabeça. Kuroro ia protestar,mas acabou se aconchegando ao cobertor. O garoto que a atazanava a poucas horas atrás,estava ali com comida e água e o mesmo também havia lhe trazido um cobertor muito quente.

 - Obrigada. -Disse Kuroro baixinho,mas o garoto ouviu e sorriu de canto.
 -Como chamas? - Perguntou o garoto de olhos acinzentados.
 -Kuroro,e tu como nomeiam-te? - Perguntei
-Willian,me chame de Will por favor. - Respondeu
Hum,de certa forma eu possuía a impressão de que Will era alguém misterioso. Odiava essas impressões,sempre estavam certas.